Atuação de crianças no meio artístico levanta discussão em sala de aula
Estudantes conhecem, através do jornal, situações em que crianças desenvolvem tarefas de adultos e refletem como estas podem ou não prejudicar sua vida particular e escolar. Resultado está em cartaz exposto na sala de aula

Por Talita Moretto
Os alunos do 6º ano ‘F’ do Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro, em Ponta Grossa, discutiram o tema ‘trabalho infantil’, nas aulas de Língua Portuguesa da professora Simone Bueno. O interesse pelo assunto aconteceu após a leitura da matéria “Trabalho infantil artístico deve ser regulamentado e fiscalizado”. “Nós conversamos sobre o assunto, observando como esse tipo de situação pode ser prejudicial à criança. Falamos sobre o trabalho pesado, sobre o que acontece na televisão, sobre ajudar em casa com atividades domésticas”, explica Simone. Conhecendo o assunto, a turma foi capaz de se posicionar em relação a isso e entender quais tipos de trabalho uma criança pode e quais não pode desempenhar.
“Eles entenderam que o trabalho infantil é prejudicial, principalmente quando afeta a vida escolar, mas alguns ainda acharam que aparecer na televisão compensa e que a atuação no meio artístico não atrapalha a vida das crianças. A maioria também entendeu que ajudar em casa, arrumando seu quarto, por exemplo, é uma tarefa que deve ser feita e até contribui para criar mais responsabilidade”, comenta Simone. Para a aluna Geovana Gregorio Machado, nenhuma criança deveria trabalhar. “Eu acho que as crianças, em vez de trabalhar, deveriam estar brincando, se divertindo, estudando, como eu”, diz.
Para finalizar a discussão, Simone solicitou aos alunos que pesquisassem mais a respeito do tema e procurassem por imagens de crianças executando algum tipo de trabalho. Junto da imagem, todos deveriam colocar a sua opinião. O material foi utilizado na criação de um cartaz que está afixado na sala de aula, assim cada aluno pode ler e conhecer a opinião do colega, como o da jovem Italy Cristine Mendes. Ela acredita que quando trabalham, “as crianças podem perder a infância e as chances de ter um futuro melhor”.
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Matéria publicada no dia 26 de abril de 2013 na página JM na Educação, no Jornal da Manhã.