"A Invenção de Hugo Cabret", de Brian Selznick
A INVENÇÃO DE HUGO CABRET
Texto e Ilustrações: Brian Selznick | Tradução: Marcos Bagno | Editora SM
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Completei 28 anos em maio e ganhei esta “invenção” de presente. Foi sugestão da mãe de uma grande amiga. Ela [a mãe] é professora de literatura, e dentre tantos títulos que conhece, apostou que eu ia gostar deste. Preciso confessar que nunca pensei em comprar o livro, mas quando ganhei, brilhou aos olhos – não só aos meus, mas de todos que estavam presentes na comemoração de minha passagem de idade, que queriam pegar, olhar, folhear, e olhar de novo. Portanto, acertou na sugestão!
“A Invenção de Hugo Cabret” é um belo livro. O texto é leve, suave, tornando possível sua leitura em um único momento, uma única “sentada”. No meu caso, devido a tantas leituras na fila, foram quatro noites deitadas na cama, o que não me deu sono, mas ansiedade por chegar à próxima página.
O livro narra a história do menino e sua paixão por cinema, conhecimento por relógios, curiosidade pelo autômato – uma nova palavra que entra para meu vocabulário. O diferencial desta história é que a trama é escrita não apenas com palavras, mas com belos desenhos em grafite; minuciosos, precisos, do amplo ao foco, revelando momentos, expressões, sentimentos e medos.
A cada página de texto, várias de imagens, o que faz com que a história seja contada em nossa imaginação como se estivéssemos no cinema assistindo em cenas filmadas. Importante dizer, neste momento, que não vi o filme, mas creio que se assemelha muito à escrita, embora sou daquelas leitoras que nunca se contenta com o livro que vira filme. Porém, neste eu aposto!, pela facilidade que o autor dá ao cineasta. Seus desenhos são perfeitos e falam por si só.
A leitura é indicada para muitas idades. Difícil precisar o momento certo porque eu mesma li livros que não eram indicados para mim quando tinha 9, 10 anos, e compreendi o que lia. Essa é a intenção de um texto: ser compreendido por quem lê. Mas, de acordo com minha atual experiência com jovens e leitura, digo que a partir dos 10 anos a criança está apta a transcorrer sobre as páginas de “Hugo Cabret”, embora aconselho ter junto um dicionário; algumas palavras podem ser estranhas ainda para esta idade, mas nada muito complexo. O dicionário é sempre um bom amigo para todos os tipos de leitura.
Agora vou passar o livro para a Júlia, a filha de um colega de trabalho que adora ler e já leu muitas indicações minhas. Vamos ver se ela gosta tanto quanto eu e consegue se entusiasmar com as descobertas do “mocinho”.
Nesta leitura você vai aprender um pouco sobre Paris, sobre estações, relógios, tic-tac, brinquedos, magias e… cinema. E vai descobrir como bibliotecas são importantes. Elas guardam muitas revelações.
Uma boa leitura para quem aceitar a dica!