Usar ou não usar tecnologia nas aulas. Um dilema!

Acompanho assiduamente a polêmica discussão sobre usar ou não usar tecnologia na educação e percebo, a cada novo artigo, notícia, informação que leio a respeito, que as pessoas estão perdendo o horizonte mediante tantas opiniões vindas de todos os cantos.
A tecnologia não está aí para “substituir” ferramentas educacionais, mas para complementá-las. E não é porque existem diversas possibilidades tecnológicas que o professor precisa pegar tudo, colocar dentro da mala e levar para a escola. O professor deve aprender a selecionar os recursos e planejar as suas aulas, com ou sem a tecnologia. Não há pessoa no mundo, por mais especialista que ela seja, com condições suficientes para dizer como determinado professor deve trabalhar com seus alunos. Impossível! Quem está na sala de aula? É você ou o doutor especialista na tecnologia? Não existe receita pronta, é você quem faz a receita para suas aulas serem bem-sucedidas. O que existem são caminhos, estes sim um especialista pode ajuda-lo a desvendar, mas quem vai traçar o rumo é você, professor.
O que eu defendo e afirmo é que é necessário sim estar ciente de que a tecnologia está aí, presente no nosso cotidiano, independente de você gostar ou não; que os alunos usam sim fora da sala de aula, independente da classe social (professores, não subestimem seus alunos. Não é a ausência de um computador em casa que vai aliená-los da tecnologia); ela está em constante ascensão e não vai parar; e mesmo não gostando, é importante conhecer. Não precisa torná-la essencial em suas aulas, mas conhecendo as ferramentas você saberá quando e por que pode utilizá-las, como também saberá quando deve utilizá-las e, principalmente, saberá explicar isso aos seus alunos.
Conheço professores que se negam a utilizar a tecnologia por não ser de sua época. E acreditam que este motivo é suficiente para explicar e justificar a ausência dela nos planejamentos pedagógicos. Mas eu pergunto: o médico formado há 30 anos aprendeu na universidade de medicina a utilizar todos esses novos aparelhos que auxiliam nos tratamentos e cirurgias? Não, ele aprendeu quando os aparelhos surgiram. Os bancos sempre possuíram caixas eletrônicos, que facilitam o atendimento? Não, mas ainda bem que agora possuem. Já pensou se hoje fôssemos ao supermercado e a caixa tivesse que somar tudo na calculadora? Quanto tempo ficaríamos na fila? Horas, com certeza.
São exemplos comuns, mas que fazem parte do nosso cotidiano. Uso para justificar que não é apenas a educação que está se deparando com esse grande avanço tecnológico, mas a sociedade toda. Inclusive o carro que você dirige, ou o ônibus que você precisa para te transportar.
O campo da educação deve encarar a tecnologia, questioná-la, dialogar com ela, concordar e contrariar quando necessário, mas deixá-la se expor, mostrar o que tem a oferecer. Não adianta chamar a atenção do aluno que plagiou um trabalho escolar se quando ele pediu ao professor como devia pesquisar o assunto na internet o mesmo respondeu que mal sabia ligar um computador.
Vamos pensar nisso e tentar sermos amigos das TICs, elas podem nos auxiliar muito. Precisamos começar a notar o que cruza nosso caminho todos os dias.
P.S.: Estarei no Educa Party (Campus Party 2012) fazendo a cobertura para vocês. Acompanhem a partir de 07 de fevereiro todas as novidades sobre tecnologia e educação.

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