Quando a leitura invade os espaços

Uma antiga campanha de incentivo à leitura, de 1996, 1997, trazia a inesquecível frase que embasa e dá enredo até hoje a vários projetos que têm como pilar a leitura: ‘Quem lê, viaja’. Aplausos para a mente criadora, que após 10 anos torna essas curtas e simples palavras referência. Nada mais conveniente para descrever uma deliciosa leitura que compará-la a uma viagem. Talvez seja esse o real motivo da existência no Brasil de mais de 61 comitês de leitura, supervisionados pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler), vinculado à Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
A leitura é contada, a leitura é ouvida, a leitura é lida. Ler é conhecer, é aprender, é viver, é relacionar. É criticar, refletir, argumentar. O Jornal da Manhã desenvolve desde 2008 o programa de leitura ‘Projeto Cultural Vamos Ler’. Levando jornais às salas de aula, os alunos aprendem a ler as palavras, interpretá-las, partindo então para a leitura do seu cotidiano, do seu ambiente de convívio, da sua rotina.
O ‘Vamos Ler’ é um dos 64 programas de Jornal e Educação afiliados ao Comitê de Responsabilidade Social da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Informação é leitura, educação é leitura. Juntando cultura e arte, formaremos cidadãos críticos.
‘PULANDO’ OS MUROS DA ESCOLA
O ‘Bando’ se formou em 2007, quando a professora Lucélia Clarindo precisou se afastar das salas de aula por motivos de saúde, e os alunos passaram a visitá-la toda a semana. De um em dois formaram-se grupos, e esses grupos se uniram em ‘bando’. O ‘Bando da Leitura’, como é chamado por Lucélia, já tem o reconhecimento e o apoio do Ministério da Cultura. O projeto foi selecionado pelo Governo Federal, em dezembro 2008, a partir do ‘I Concurso Pontos de Leitura 2008’. O ‘Bando’ passou a integrar a ‘Rede Biblioteca Viva – Plataforma virtual’ de acompanhamento, interlocução e interação das iniciativas de livro e leitura por todo o Brasil.
Desde o princípio o Proler reconhece a importância da leitura para a construção da cidadania, e considera que formar leitores é formar cidadãos. Para Lucélia Clarindo, “a formação do leitor hoje precisa passar primeiro pelo despertar para o tipo de prazer que a leitura proporciona, de maneira natural, espontânea e tranquila para que possa ir aos poucos se solidificando e ganhando espaço na vida das crianças”.

Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *