Opinião] Inclusão?

INCLUSÃO?

 Por Ceslau Tomczyk Neto*

Segundo o Minidicionário Escolar da Língua Portuguesa, a palavra inclusão significa “ato ou efeito de incluir (-se)…”. Poderíamos ainda ampliar o significado para a palavra incluir, “…. 4. Envolver… 5. Estar incluído ou inserido… 6. Fazer parte.” Quando levamos estes significados para o âmbito escolar, percebemos que nem sempre eles vão fazer sentido. A escola, vista como a “tábua de salvação” da sociedade cada vez mais cheia de problemas, também acumula os seus, e não são poucos, como bem sabem todos aqueles que vivem sua realidade.

A palavra inclusão parece ser dita sem saber seu verdadeiro significado, tornando – se assim mais um problema. Para muitos, é apenas “colocar alguém, entre outros” e pronto, está resolvido. Estar incluído, envolver-se e fazer parte de alguma coisa exige uma complexidade na qual existem inúmeros fatores. Rampa de acesso, banheiros adaptados, porta com medidas corretas e profissionais capacitados deveriam promover a inclusão de alunos especiais, por exemplo.

Quando isso não acontece, muitas vezes pela omissão descarada do poder público, a escola procura uma solução, como ocorreu no Colégio Estadual Professor Eugênio Malanski, onde foi promovida uma oficina de Libras (Língua Brasileira de Sinais) em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em uma classe onde estuda uma aluna surda, permitindo sua comunicação com os colegas.

Isso é inclusão com dignidade: permitir que a pessoa faça parte respeitando as diferenças e necessidades, caso contrário, se torna exclusão.

* Ilustrador e professor de Arte no Colégio Estadual Professor Eugênio Malanski. Contato: law_neto@hotmail.com.

Coluna-Sala_Professores

Artigo publicado na coluna “Sala dos Professores”, na página JM na Educação, no Jornal da Manhã, em 22 de maio de 2013.

Inclusão na escola: De acordo com o site do Ministério da Educação (portal.mec.gov.br), “na perspectiva da educação inclusiva, o foco não é deficiência do aluno e sim os espaços, os ambientes, os recursos que devem ser acessíveis e responder a especificidade de cada aluno. Portanto, a acessibilidade dos materiais pedagógicos, arquitetônicos e nas comunicações, bem como o investimento no desenvolvimento profissional, criam condições que asseguram a participação aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação”.

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