Opinião] Escola e comunidade unidas
ESCOLA E COMUNIDADE UNIDAS
Nos dias atuais, a preocupação com a violência e a falta de segurança é constante, mas ao invés de pensarmos somente em aumentar a segurança, precisamos educar para a convivência.
É necessário entender que educar para a paz não é tarefa apenas das escolas. Reconhecemos o papel estratégico da escola na medida em que recebe alunos e tem um canal direto com as famílias, logo, uma percepção comunitária privilegiada. Porém, nessa caminhada, a escola pode e deve acessar seus parceiros comunitários.
Além da contribuição das associações de moradores, dos projetos ligados a organizações religiosas e os trabalhos sociais de empresas, temos outras forças importantes a serem ampliadas na prevenção das violências. Um bom exemplo são os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que visam contribuir com um trabalho de proteção das famílias, prevenindo a ruptura de vínculos e promovendo o acesso a direitos. Igualmente, temos o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que presta atendimento especializado a famílias e indivíduos em situação de risco e violação de direitos. Além destes, existem as Unidades Básicas de Saúde que procuram atuar de forma preventiva e educativa, pois a violência é considerada um grave problema de saúde pública na medida em que gera impacto sobre a população, repercutindo em custos sociais, familiares e pessoais.
Os programas citados e o fortalecimento da implantação gradativa das escolas em período integral nos Estados e municípios brasileiros apontam para um cenário que pode, efetivamente, criar “territórios de paz”, comunidades acolhedoras, espaços positivos de convivência. Para isso, é importante que todos os agentes comunitários olhem para o mesmo lado e ao mesmo tempo. É possível sim, “Educar para a Paz”, quando escola e comunidade caminham juntas!
* Virgínia é pedagoga especialista em Educação Especial, professora da Educação Básica e membro do NEP/UEPG. Contato: vi2803@outlook.com.
Artigo publicado na coluna “Educação para a Paz”, na página JM na Educação, no Jornal da Manhã, em 15 de maio de 2013.