“O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry
Quem ainda não ouviu falar do livro “O Pequeno Príncipe”? Crianças e adultos, todos conhecem a história do misterioso menino que desceu a Terra para semear o amor e a amizade. Mas vocês sabiam que eles estava de aniversário este mês? No dia 06 de abril de 2013, “Le Petit Prince” completou 70 anos!
Vou reproduzir o texto publicado no Portal Terra sobre essa comemoração:
Um livro de encontros. É assim que a professora de literatura Verónica Galíndez Jorge, da Universidade de São Paulo (USP), define o livro O Pequeno Príncipe, do francês Antoine de Saint-Exupéry. Com temática existencialista, a obra segue uma das mais populares do mundo, mesmo 70 anos após seu lançamento – no Brasil, ela chegou somente em 1945, pela editora Agir, mas a estreia mundial ocorreu dois anos antes, em 6 de abril de 1943, nos Estados Unidos. “Exupéry traz o reencontro do adulto com olhar perdido de criança e também o encontro da criança com questões da vida adulta”, analisa Verónica.
Definida pelo filósofo alemão Martin Heidegger como uma das maiores obras existencialistas do século 20, O Pequeno Príncipe é um dos livros mais traduzidos do mundo, mas não há consenso sobre o número exato: no site oficial da obra, Le Petit Prince, fala-se em 257 idiomas e dialetos, e há edições no Camboja e no Japão, por exemplo. No país nipônico, o sucesso foi tanto que há um museu dedicado ao Pequeno Príncipe na cidade de Hakone.
Desde a publicação, a trama já foi contada em diversas plataformas, como na série de desenho animado “As Aventuras do Pequeno Príncipe”, lançada no final da década de 1970. Mais recentemente, o livro inspirou uma animação computadorizada homônima, exibida no Brasil pelo canal de TV por assinatura Discovery Kids, e uma série em quadrinhos publicada pela Editora Amarilys.
O autor, o francê Antoine de Saint-Exupéry, assim como um dos personagens do livro, também foi piloto. No final da década de 1920, ele que ficou conhecido como “o poeta da aviação”; foi designado para trabalhar em Buenos Aires e chegou a pousar algumas vezes no Brasil. Um dos pontos de abastecimento estabelecidos pela empresa francesa de correio aéreo Latécoère, onde ele trabalhava, localizava-se na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. Ali, ele ficou conhecido entre os habitantes como “Zeperri” e passou a fazer parte da história da cidade – hoje, a capital catarinense conta com uma avenida nomeada em homenagem à principal obra do autor, Pequeno Príncipe, na praia do Campeche.
Além da América do Sul, Exupéry participou de missões em diversas localidades, da América do Norte à Europa. Ele foi visto pela última vez em 1944, quando decolou de uma base aérea no Mar Mediterrâneo e não retornou. Um bracelete com seu nome foi resgatado do Mar de Marselha, na década de 1990, e conduziu aos destroços do avião pilotado pelo francês. As circunstâncias da sua morte, contudo, não foram esclarecidas.
Enquadrado pelo site Publish News na categoria infanto-juvenil (categorização questionada por alguns críticos literários), foi o segundo livro mais vendido em fevereiro de 2013 e o quinto no segmento em todo o ano de 2012, segundo o ranking. Desde 2002, quando a editora Agir foi incorporada pela Ediouro, o livro vende uma média de 300 mil exemplares por ano, e está na 48ª edição no País.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração. O essencial é invisível aos olhos” (O Pequeno Príncipe)