Jornal e Física, é possível?!

Para aqueles que acreditam que jornal em sala de aula só pode ser usado em aulas de Língua Portuguesa, confira como a professora Ingrid Carvalho Ferrasa conseguiu utilizar as notícias para ensinar Física a alunos de Ensino Médio, e ainda ajudá-los na prova do ENEM.
A notícia publicada no Jornal da Manhã no dia 13 de setembro – ‘Rodovias da região registram 4 mortes’ – iniciou uma discussão sobre acidentes no trânsito entre os adolescentes do Ensino Médio do Colégio Sesi Ponta Grossa. Após a leitura da notícia, eles passaram a relatar situações observadas e até mesmo vividas envolvendo colisões no trânsito.
E quem entende de Física sabe que interações rápidas de troca de força em sistemas que interagem entre si estão presentes em diversas situações do cotidiano. Por isso, a professora da disciplina, Ingrid Carvalho Ferrasa, aproveitou o momento para problematizar o conteúdo de choque mecânico, somando-o ao conhecimento que os estudantes já possuíam sobre as Leis de Newton, contribuindo no entendimento da relação direta entre as colisões de veículos no trânsito e os conceitos da física. “Para manter o diálogo, inserções sobre os conceitos físicos eram feitos desmistificando o senso comum. Questões a respeito da segurança nos veículos, como a capacidade de absorção de impacto e a utilização do cinto de segurança, mesmo para os passageiros que estiverem no banco de trás do veículo, foram abordados”, explica a professora.
Os alunos concluíram que o impacto provocado em um veículo, após o choque, será diretamente proporcional a sua massa e velocidade, e que tais interações teriam uma intensidade maior numa colisão frontal. “Procurei contextualizar o conteúdo a situações do cotidiano dos jovens, como forma de deixar as aulas de Física mais dinâmicas, além de promover uma ligação entre a realidade e a sala de aula”, destaca Ingrid. A atividade ajudou os alunos na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Matéria publicada no dia 04 de outubro de 2011, na página “JM na Educação”, por Talita Moretto.

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