Estudantes discutem sobre violência contra crianças e adolescentes
Matéria publicada dia 29 de junho de 2011 na página ‘JM nas escolas’ (Jornal da Manhã) – Por Talita Moretto
As notícias divulgadas na mídia impressa e televisiva no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio), com destaques àquelas publicadas na edição do Jornal da Manhã na mesma data, motivou a professora da Escola Estadual Pio XII (Irati), Cristiani Leandro, a discutir o tema com os alunos das turmas do 7º Ano ‘A’ e ‘B’. A equipe pedagógica da escola também aproveitou o momento para ministrar uma palestra abordando os tipos de violência. “O objetivo central do trabalho foi o de estimular questionamentos e discussões acerca da violência infantil, levando o aluno a refletir sobre o problema”, explica a professora.
Outras leituras acompanharam a discussão, como o texto ‘Amiguinhos da Onça’ [publicado no livro didático dos alunos] que fala sobre o bullying na escola, retirado do suplemento Folhateen do jornal Folha de São Paulo, de junho de 2003. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e alguns artigos da Constituição Federal de 1988 também foram trabalhados durante as discussões.
A aluna Emanuele Galvão aprendeu, através da página ‘JM nas escolas’, que o dia Nacional Contra o Abuso de Crianças e Adolescentes foi escolhido porque no dia 18 de maio de 1973, em Vitória/ES, um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o ‘Crime Araceli’. “Violência infantil é uma coisa que pode ocorrer em qualquer lugar. Existem vários tipos de violência, algumas delas são: violência sexual, agressão física e agressão verbal. Geralmente, a reação da criança é se excluir e se sentir mais triste. Portanto, temos que cuidar para que as crianças não sofram nenhum tipo de abuso ou violência”, declara a jovem.
Depois de refletir e discutir com os colegas sobre o tema, os estudantes produziram textos e ilustrações colocando sua opinião a respeito do assunto. “Os alunos adoraram realizar essas atividades. Demonstraram muito interesse pelas questões legais envolvendo violência infantil, bem como uma grande indignação com relação aos agentes causadores desta violência”, destaca Cristiani.
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TRECHOS RETIRADOS DOS TEXTOS PRODUZIDOS PELOS ALUNOS:
“Acredito que muitas crianças e adolescentes estão sofrendo violência e abuso sexual. Estas, deveriam tomar muito cuidado, como por exemplo: não aceitar nada de alguém estranho, não atender números de telefone que não conheçam, não abrir a porta de casa para estranhos, etc.” (Jeisy Faline Klenflet)
“Todas as crianças e adolescentes têm direito a ter uma família, ser tratado de forma igualitária, indiferente da cor da pele, se tem alguma deficiência ou não, todos têm direito a serem tratados com carinho, amor, serem felizes”. (Maria Eduardo Antunes Pereira)
“Algumas pessoas dizem que nunca sofreram bullying, mas no passado acredito que sofreram este preconceito quando alguns colegas de escola apelidavam de ‘quatro olhos’, ‘abobado’, ‘órfã’, ‘burro’, etc. Muitas crianças mudam de escola por causa desses apelidos.” (Lucas Matheues Guedes)
“A criança que vive triste, briga, bate em outras, pode estar sofrendo abuso sexual. Quem pratica abuso sexual tem que ser preso. Ligue 190 ou 181.” ( Vinicius G.)
“A violência infantil pode acontecer na escola, aquela conhecida como bullying. A criança que sofre esta violência, na maioria das vezes é mais fraca, ou não sabe se defender. Quando uma criança ou adolescente sofre bullying deve procurar ajuda.” ( Leonardo Jarski)
“Temos que fazer de tudo para que a violência infantil diminua ou acabe, pois não gostaríamos que acontecesse conosco, então temos que fazer pelos outros o que gostaríamos que fizessem para nós.” (Bruna Sandy)