Estudantes analisam o discurso das notícias
Educadora utiliza as informações do lead para conduzir um trabalho de investigação das estratégias discursivas do texto jornalístico
Talita Moretto | Jornal da Manhã – Publicada em 14 de outubro/2010
A professora do C. E. Profª Linda S. Bacila, Paola Scheifer, utilizou a edição do Jornal da Manhã do dia 23 de setembro para conduzir uma análise textual partindo das chamadas e manchetes da capa do diário. Os estudantes da 5ª série ‘E’ foram conduzidos em uma investigação da notícia. O ponto mais importante foi observar no texto informações que lhes permitissem verificar algumas das estratégias discursivas próprias do gênero notícia. “Como se trata de textos que abordam um dado acontecimento, saber do que, ou de quem se fala, quando e em que lugar ele ocorre, de que modo e quais as razões para que ele aconteça são fundamentais para se pensar o gênero”, esclarece Paola.
Fazendo a releitura do texto, os alunos conseguiram encontrar essas informações essenciais para o entendimento do fato noticiado. Eles se basearam nas seis perguntas básicas utilizadas pelos jornalistas: o quê, quem, como, quando, onde e por quê. “Com o objetivo, inclusive, de verificar se tais perguntas poderiam se configurar como estratégias de leitura para uma melhor compreensão do gênero, pedi que contassem aos colegas sobre aquilo que haviam lido, evidenciando, sobretudo, as respostas por eles encontradas no texto”, explica a educadora.
Paola conseguiu avaliar a compreensão de seus alunos a partir da atividade oral. “Durante esta prática de compartilhar as notícias lidas, eles puderam se apropriar, através do outro, das notícias que, a priori, ainda não haviam sido lidas por eles naquele momento da aula”. A professora afirma ser grande o interesse da turma pelo jornal, e de comentar as notícias lidas, deste modo a atividade permitiu que isso acontecesse de forma mais ampla, envolvendo todos no trabalho de análise.
Questões que orientam a escrita de uma notícia, da mesma forma podem orientar a leitura e a compreensão do texto, favorecendo, inclusive, a atividade de oralidade em que os alunos contam o que leram sem que informações importantes do texto fiquem de fora. “Longe de tais questões limitarem o sentido do texto, são elas que abrem a possibilidade para que uma discussão com comentários pessoais sobre os assuntos levantados seja feita”, comenta a educadora.