As tecnologias invadiram a sala de aula

Cada vez mais a tecnologia da informação está nas escolas e faculdades. Mas só há ganhos quando aluno e professor estão dispostos a valorizar o conhecimento

Thayse Boldrini / Diário de Pernambuco                                                                Portal Educacionista – www.educacionista.org.br
A educação roubou a cena na semana passada no Recife. Isso porque a 8ª edição do Congresso Internacional de Tecnologia na Educação reuniu uma gigante plateia ávida pelo assunto, ou melhor, por essa dobradinha (educação/tecnologia) e ainda pelos palestrantes, já que muitos profissionais de peso estiveram por aqui, a exemplo do teólogo Leonardo Boff.
Mas quem roubou a cena mesmo foi o finlandês Reijo Laukkanen, chefe de assuntos internacionais da Câmara de Educação da Finlândia. E não para menos. Além de apresentar o modelo de educação daquele país, onde não há analfabetos e os professores têm uma remuneração média de R$ 5 mil/mês, ele foi taxativo: o sucesso da Finlândia no que diz respeito à educação não está na parafernália tecnológica, mas na interação professor/aluno. Lá, o quadro de giz ainda reina e poucos computadores nas salas de aula ajudam a incrementar o conhecimento.
De um jeito ou de outro o fato é que as novas tecnologias devem ganhar cada vez mais destaque no âmbito pedagógico, convidando a várias reflexões: capacitação dos educadores, novas formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e relacionamento professor e aluno. Afinal, a evolução é simples. Basta lembrar: as pesadas enciclopédias deram lugar às versões digitalizadas; os trabalhos elaborados em cartolinas e papéis impressos foram substituídos pelos sistemas eletrônicos e apresentações coloridas em PowerPoint; o quadro de giz ganhou formatos que extrapolam a prática docente.
Up grade – Recursos tecnológicos como esses que levaram Felipe Magno, 20 anos, a escolher a faculdade que iria cursar marketing. “Procurei instituições que me oferecessem um plano de ensino diferenciado, interativo e que atendesse à demanda da nova era digital. Assistir uma aula sem ter acesso a recursos que tornem o ensino mais dinâmico não instiga mais. Nós queremos adquirir conhecimentos de maneira mais proveitosa, instigante e que remetam a essa nova realidade da web”, revela.
Felipe optou pela Faculdade IBGM, que oferece um modelo diferenciado de ensino no que diz respeito à aplicação da tecnologia. O impacto vem logo na fachada com TVs de LCD para comunicação com o público e estudantes. Computadores de última geração, retroprojetores e hometheater estão espalhados pelas salas de aula, que também abrigam lousas digitais interativas e recursos de ensino em 3D. “Nossa principal preocupação está voltada para a capacitação dos professores quanto ao uso dessas tecnologias. Para isso dispomos de uma convenção de qualidade de ensino a cada seis meses para que eles possam aprimorar ainda mais os conteúdos em sala de aula”, enfatiza o diretor da Faculdade IBGM, Laércio Guerra.
Para a especialista em introdução de tecnologias emergentes no contexto pedagógico, Norma Thornburg, as instituições já estão tomando iniciativas para acompanhar o processo de evolução na educação. “As escolas já estão atentas e investindo cada vez mais em salas interativas. Isso tem tomado grandes repercussões no mercado, gerando competitividade entre as escolas”, afirma a especialista.

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